Nem todo latino fala espanhol e nem todo extraterrestre é marciano. A bandeira da causa jupiteriana voltou a tremular na semana que antecede as comemorações do sexagésimo aniversário – pouco mais de sete séculos terrestres – do habitante mais popular daquele planeta. Na ressaca da festa de 80 anos de Hebe Camargo, o verde tomou as páginas das revistas de celebridades com o retorno de Etezinho Verde das Antenas Longas à Terra, um "divórcio" que estava prestes a alcançar seu centenário.
Dono dos mais marcantes olhos âmbares do sistema solar, desde sua primeira aparição em solo terrestre Etezinho Verde tornou-se a principal prova de vida extraterrena. E nunca aceitou desconfiança dos seres humanos. Afinal, como na frase que celebrizou, "pra sair voando em carrinho de supermercado, só mesmo ET de Hollywood. Com tudo o que temos passado com a Grande Mancha Vermelha, nos machuca a desconfiança dos terráqueos".
Nascido em Ganímedes, satélite de Júpiter, Etezinho Verde teve uma infância complicada. Com a transferência do pai para Saturno, jamais se adaptou àquela atmosfera repleta de hélio e só teve a saúde normalizada ao poder respirar todo o metano de seu planeta de origem. Ou não. Uma tempestade que parecia passageira ganhou nome duas décadas depois do início dos ventos de 500 km/h e a Grande Mancha Vermelha já está ativa há mais de 400 anos terrestres.
Boa parte da população do planeta foi devastada e o simpático Etezinho Verde se empenhou numa viagem para a desconhecida Terra na desesperada tentativa de sobrevivência. Sua chegada ajudou Galileu a comprovar a descoberta das luas de Júpiter, mas o alvoroço criado pelo tribunal do Santo Ofício fez com que o extraterrestre deixasse de dar suas contribuições para o conhecimento humano.
Ainda assim, Etezinho Verde das Antenas Longas continuou célebre com a ajuda de empresas que sempre souberam explorar sua popularidade: seja na linha autorizada de action-figures da Mattel ou na concorrida versão do Lego: Comando Espacial Júpiter. De volta à Terra, tem na agenda palestras motivacionais e encontros com importantes figuras políticas do cenário internacional. Além, claro, de algumas noites de autógrafos com as crianças que ajudaram a manter sua fama perene a tantos anos-luz de distância.
Um comentário:
pala torta de alguma droga muito pesada.
foi assim que fizeram lucy in the sky with diamonds.
clara, não me mata.
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